A lendária banda de rock Kiss, deseja tocar pela eternidade. Mas isso não é bem o que você pode estar pensando. Gene Simmons e companhia levantaram a hipótese de uma turnê mundial apenas com avatares digitais. Isso mesmo, sem os músicos.
Embora possa parecer estranho para muitos, o recurso, que é basicamente um holograma, já foi utilizado anteriormente por outros músicos – ou as empresas que administram seu legado – e, se tratando do Kiss, a possibilidade de acontecer uma turnê desse jeito é bem grande.
Você iria na tour digital do Kiss?
O Kiss encerrou suas atividades nesta semana com uma última apresentação da sua turnê de despedida “The End of the Road”. Mas, aparentemente, a banda não deseja parar de lucrar com seus shows.
Mesmo após 50 anos de carreira muito bem sucedidos, com shows e fãs pelo mundo todo com décadas de estrada, o Kiss espera continuar a lotar estádios, mas agora com seus integrantes descansando confortavelmente e aproveitando seus milhões enquanto continuam lucrando com avatares digitais em seu lugar. E aí, você pagaria para assistir esse tipo de show?
Os fãs que estiveram no encerramento da tour “The End of the Road” já tiveram um gostinho do que pode ser essa suposta tour eterna com bonecos digitais cantando e representando os roqueiros. Confira o vídeo abaixo:
O encerramento da “The End of the Road” aconteceu no lendário Madison Square Garden, em Nova York. Após o show, segundo a BBC, Simmons declarou ao público que a tecnologia permitirá que a banda permaneça “para sempre jovem e icônica”. Essa representação da banda seriam hologramas de 2,5 metros de altura voando, flutuando acima do público e cuspindo fogo, enquanto tocam os clássicos. O vocalista Paul Stanley acrescentou que o KISS agora será “imortalizado”.
Os avatares digitais foram criados em parceria com a empresa de efeitos especiais Industrial Light & Magic (ILM) de George Lucas e o Pophouse Entertainment Group, que foi co-fundado por Björn Ulvaeus do Abba. A tecnologia teve sua estreia no rock em 2021 para o show “Abba Voyage” em Londres, onde uma versão 3D digitalmente da banda sueca toca um show pré-gravado.
Bem, respondendo o questionamento que fiz acima: sim, acredito que muitos dos fãs pagariam para ver esse show do Kiss. Pelo menos foi o que aconteceu com o Abba que supostamente arrecadou US$ 2,5 milhões por semana com as apresentações do Abba Voyage.
Como o Kiss já é conhecido pela sua capitalização duvidosa, com artigos para fãs como uma sacola vazia personalizada da banda contendo “cordas de air guitar” vendida a US$ 3,99, edição limitada de papel higiênico KISS x Hello Kitty, que hoje só é encontrada no eBay por US$ 34,99 ou um caixão da banda por US$ 5 mil, podemos esperar sim uma tour deste tipo. Ainda segundo o CEO da Pophouse, Per Sundin, em declaração à BBC, ele disse que o KISS digital poderia ser aproveitado para qualquer coisa, desde shows até uma ópera rock ou um musical 
FONTE: BBC
