Relatório sugere que grande parte do tráfego no X foi de bots durante o Super Bowl

O Super Bowl deste ano quebrou recordes de audiência, mas outra audiência parece ter quebrado recordes também: a do bilionário Elon Musk no X – o antigo Twitter. Após o evento, a empresa divulgou números impressionantes de impressões e visualizações no fim de semana da grande final. Contudo, de acordo com uma análise da CHEQ, empresa especializada em cibersegurança e rastreamento de bots, uma vasta parcela desse tráfego no X pode ter sido composta por perfis falsos.

A CHEQ encontrou nada menos do que 75,85% de perfis automatizados (bots) e usuários inautênticos entre o tráfego da X que visitou sites de empresas anunciantes durante o período do Super Bowl.

Nunca vi nada próximo a 50%, muito menos a 76%“, declarou Guy Tytunovich, fundador e CEO da CHEQ. É um nível de engajamento artificial sem precedentes.

Bots dominam o X

Os dados se baseiam em 144 mil visitas aos sites de clientes da CHEQ vindas do X durante o Super Bowl. Apesar de ser uma amostra limitada, evidencia uma tendência drástica. A empresa monitora bots e usuários falsos online para proteger anunciantes de fraudes. Rastreiam desde interações suspeitas no site até dados inconsistentes como o sistema operacional usado pelo ‘visitante’.

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Essa situação se reflete na experiência dos usuários da X, cada vez mais visível nos últimos meses. Posts virais atraem uma enxurrada de comentários com respostas geradas por inteligência artificial e até spam de contas “link na bio”. Esses dados confirmam as suspeitas que os usuários já vinham levantando.

Anunciantes também notaram os problemas na X. Gene Marks, dono de um pequeno negócio, não viu resultado após investir US$ 50 na plataforma. Apesar da X alegar ter gerado mais de 300 cliques, nenhuma visita veio da rede, segundo o Google Analytics.

X se destaca negativamente com problema de bots crítico

Segundo Tytunovich, a CHEQ já refutava alegações de que metade do tráfego web se deve a bots – mas os números da X foram chocantes. Avaliando outras plataformas no mesmo período, a discrepância se torna alarmante. Enquanto apenas 2,56% dos 40 milhões de visitantes do TikTok pareceram fakes, no Facebook foi 2,01% de 8,1 milhões de visitas, e 0,73% no Instagram.

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Nem mesmo durante as eleições americanas, outro momento marcante para tráfego artificial, atingiram o nível da X. Infelizmente, o problema parece ir além do Super Bowl. Dados do mês de Janeiro indicam 2,8%, 2% e 0,96% de perfis falsos nessas mesmas redes, enquanto a X apresentou impressionantes 31,82% de visitações artificialmente infladas.

Fonte: Mashable

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