O sistema para smartwatch do Google, o Wear OS, já aceita que as fabricantes adicionem coprocessadores para a realização de tarefas leves. Agora a empresa revelou que está ampliando ainda mais esse recurso de interface híbrida, que vai permitir autonomias ainda maiores em relógios inteligentes.
O que é a interface hibrida de um smartwatch com Wear OS
Como detalhado pelo Google, os smartwatches com Wear OS contam com arquiteturas com até dois chipsets, o processador de aplicativo (AP) e uma unidade microcontroladora (MCU). A última com baixíssimo consumo de energia.
A empresa detalha que a interface hibrida “permite a alternância inteligente entre o MCU ou o AP”. Permitindo que o chipset principal e mais potente (AP) seja suspenso quando não for necessário, ajudando o relógio a preservar a vida útil do relógio.
Inicialmente as MCU eram responsáveis apenas por tarefas mínimas, com notificações. Agora o Google está ampliando o uso desse chip para mais tarefas, reduzindo ainda mais o consumo energético.
A interface híbrida proporciona uma transição perfeita entre esses estados, mantendo uma experiência de usuário rica e premium, sem transições bruscas entre os modos de energia.
Detalha o Google
Um dos exemplos citados pelo Google sobre o funcionamento da interface hibrida do Wear OS é no processamento de dados do sensores. Com o smartwatch não precisando ativar o chipset principal apenas para coletar esses dados.
Relógios com até 100 horas de autonomia
Em sua publicação sobre a novidade, o Google usou de exemplo o smartwatch OnePlus Watch 2. O modelo conta com o Wear OS 4 e possui dois chips, que operam em conjunto.
A empresa detalha que o hardware do smartwatch beneficiou bastante a bateria. Com o Watch 2 apresentando autonomias de até 100 horas no modo inteligente, com a interface hibrida.
Vale a pena destacar que nem todo smartwatch com Wear OS vai suportar a novidade. Isso porque é necessário que o hardware do relógio possua os chips AP e MCU. Com a maioria dos aparelhos lançados até agora possuindo apenas o AP.
Mas é provável que fabricantes como a Samsung e a Xiaomi adicionam chips MCU em seus próximos smartwatches.
Fonte: Google