A Microsoft vai encerrar a oferta que vendia os serviços Teams e Office 365 de forma conjunta aos usuários. A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (1º) e vale globalmente, apesar de ter sido motivada por uma questão regional.
O problema começou na União Europeia, que a partir de 2023 investigou possíveis atividades anticompetitivas de mercado na “venda casada” de ambas as plataformas. A rival Salesforce, dona do mensageiro corporativo Slack, foi quem reclamou da questão.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a Microsoft decidiu pela ampliação da mudança por uma questão de “clareza”, optando pela mesma alteração que fez na UE para não prejudicar empresas de grande porte.
“Fazer isso também responde ao retorno da Comissão Europeia ao garantir que companhias multinacionais tenham flexibilidade quando quiserem personalizar a sua compra ao redor do mundo”
Microsoft
A mudança já estava em andamento desde outubro de 2023 na Suíça e em territórios da União Europeia. A partir de hoje, clientes que forem contratar ou renovar o plano já devem escolher pela oferta individual ou simultânea. Dados obtidos pela reportagem original alegam que a base de usuários não se alterou mesmo após o fim da venda conjunta.
União Europeia é pedra no sapato das Big Tech
O Microsoft Teams era oferecido de forma conjunta com os editores de conteúdo Office 365 desde o ano de 2017. A popularização do serviço durante a pandemia da covid-19, inclusive para videochamadas e organização de aulas ou reuniões, fez a Microsoft turbinar a plataforma e começar a vender versões pagas.
A mesma comissão que provocou a mudança na Microsoft é o órgão que instituiu o USB-C como formato padrão de conectividade — fazendo até a Apple adotar o formato, mesmo que sob protestos.
Em ambos os casos, lançar duas versões de um aparelho ou serviço é mais trabalhoso do que realizar a alteração de forma global. Além disso, a ação agrada órgãos reguladores de outras partes do planeta que eventualmente poderiam lançar as próprias investigações.
Fonte: Reuters
