Sete meses após retornar ao mercado de celulares avançados com o Mate 60, a Huawei lançou nesta quarta-feira (17) seu novo smartphone, o Pura 70. A novidade, que chegou ao mercado com preços considerados elevados por analistas, esgotou em apenas um minuto nas vendas online, segundo relatos da mídia chinesa.
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Apresentado como o primeiro smartphones com câmera retrátil e lentes telescópicas, o Pura70 oferece ainda a opção de mensagens de imagem via serviço de satélite Beidou, além das tradicionais ligações e mensagens de texto. A linha Pura, antes apenas P, é voltada aos consumidores mais jovens, daí a atenção com foto e vídeo, enquanto a Mate é direcionada para o público profissional.
Huawei Pura 70 traz design sensacional
O design dos novos celulares, na descrição da empresa, apresenta “um padrão de trama leve, inspirado no fluxo de luz e sombra entre edifícios modernos”, entre outros, e quatro cores. O Pura70 funciona com o sistema operacional HarmonyOS 4.2 e o modelo de inteligência artificial Pangu LLM, ambos desenvolvidos pela própria Huawei.
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Especula-se que a linha Pura70 utilize o novo chip Kirin 9010, versão atualizada do 9000S também desenvolvido pela Huawei. A informação não foi oficializada pela empresa, mas foi registrada por sites chineses horas após o lançamento.
Lançamento estratégico e ambições globais
O lançamento do Pura70 pela Huawey era esperado para a última semana, mas foi adiado para evitar coincidir com a visita à China da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. A estratégia parece ter sido bem-sucedida, já que o Mate 60, lançado no ano passado, coincidiu com a visita da secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, que lidera o departamento responsável pelas sanções contra a Huawei nos últimos cinco anos.
A empresa chinesa foi proibida pelos EUA de usar chips fabricados na taiwanesa TSMC, sua fornecedora e também da Apple, a partir de maio de 2019. Antes do agravamento das sanções, a Huawei chegou a superar a coreana Samsung e liderar as vendas globais de smartphones.
Outras medidas contra a Huawei incluíram o veto ao uso das ferramentas do Google e do próprio sistema Android, daí o desenvolvimento do HarmonyOS. A empresa também enfrentou a prisão domiciliar por quase três anos da diretora financeira Meng Wanzhou, no Canadá.
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Apesar das sanções, a Huawei demonstra ambição global. Na quarta-feira (17), seu atual presidente rotativo, Xu Zhijun, declarou durante encontro anual da empresa que consolidar o ecossistema de aplicativos do HarmonyOS, chegando aos 5 mil que havia no Android, “é a missão crucial em 2024”.
A partir daí, o sistema operacional “irá gradualmente para os mercados internacionais, se expandindo país por país“. O sucesso do lançamento do Pura70 pode ser um indicativo de que a Huawei está no caminho certo para alcançar seus objetivos.
Fonte: Huawei Central
