LG vende patentes de celulares para a Oppo e vai seguir fora do setor

A sul-coreana LG deixou o mercado de smartphones oficialmente como uma fabricante de dispositivos no primeiro semestre de 2021. Porém, ela segue relevante nesse setor de outra forma, como detentora de patentes importantes para marcas da área.

De acordo com o site The Elec, a LG vendeu para a chinesa Oppo um total de 48 patentes relacionadas a smartphones de uma só vez. Os registros são dos Estados Unidos, feitos no United States Patent and Trademark Office (USP&TO). A negociação aconteceu em novembro do ano passado, embora a informação só tenha saído recentemente.

O Oppo Reno 11 Pro, um dos atuais modelos da marca. (Fonte da imagem: Divulgação/Oppo)

As propriedades intelectuais vendidas envolvem principalmente codecs, ou seja, tecnologias de compressão de áudio e vídeo necessários para transmitir e exibir esses dados em um determinado dispositivo. Até o momento, as marcas envolvidas não se pronunciaram sobre o assunto.

Ainda segundo o The Elec, a LG mantém dezenas de milhares de patentes envolvendo tecnologias de smartphones, incluindo conexões móveis e design. O licenciamento por royalties ou a venda dessas tecnologias é uma forma de a marca conseguir renda mesmo em um mercado do qual ela não faz mais parte.

A Oppo é uma das cinco maiores fabricantes de celulares do mundo atualmente. A chinesa prepara o retorno ao Brasil em breve, com o lançamento do Oppo A79 5G.

LG deixou setor em definitivo em 2021

Após vários anos e muita tradição no mercado, a LG confirmou em abril de 2021 que não lançaria mais smartphones. Os últimos modelos da marca foram o experimental LG Wing e o top de linha LG Velvet, com uma garantia de três anos de atualização que termina agora em 2024.

A companhia teve um desempenho razoável no Brasil ao longo dos anos, com a linha LG G conquistando parte do público e modelos intermediários alcançando um sucesso relativo de vendas.

O LG Wing e a tela giratória. (Fonte da imagem: Divulgação/LG)

Ao desistir do mercado, a companhia alegou dificuldades na manutenção da linha e a forte concorrência.

Em 2022, ela registrou um faturamento recorde já como reflexo do encerramento da divisão mobile e do foco em segmentos nos quais ela é bem sucedida, como televisores e linha branca de dispositivos.

Fonte: The Elec

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