Missão da Nasa descobre asteroide orbitado por uma lua própria

A agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) se deparou um fenômeno curioso e raro no espaço durante a análise de dados de uma sonda.

A nave espacial Lucy, que atualmente está em missão de vasculhar o espaço para encontrar evidências de tempos remotos da galáxia, encontrou um “sistema binário” de corpos celestes, com um asteroide que tem uma espécie de lua própria em sua órbita.

Uma das imagens da sonda Lucy aproximada e melhorada digitalmente.
Fonte da imagem: Divulgação/Nasa

O asteroide em questão é chamado de Dinkinesh — ou “maravilhoso” no amárico, que é o idioma da Etiópia — estava confundindo os pesquisadores quando visto à distância, já que os registros do seu brilho alternavam de valor.

As imagens foram obtidas em 1º de novembro e foram comemoradas inclusive porque marcam o sucesso do sistema de captura de imagens da sonda, que só tinha demonstrado resultados até o momento em testes de laboratório.

O fato de tanto os asteroides quando a nave se moverem com extrema rapidez complica ainda mais a captura de imagens, mas a missão agora se provou como possível.

O asteroide “Dinky”

Ao analisá-lo mais de perto, veio a resposta: um satélite natural ainda menor (com cerca de 220 metros) circula com certa frequência o asteroide, que tem 790 metros de diâmetro aproximado.

O corpo principal tem a superfície com algumas crateras, que possivelmente foram originadas da colisão com outros asteroides. Já a lua, que não foi batizada, traz um formato considerado “bizarro” e que ainda precisa ser melhor estudado pela equipe.

Apesar de pouco conhecido, esse fenômeno é mais comum do que aparenta: cerca de 15% dos asteroides encontrados relativamente próximos da Terra são sistemas binários.

A missão Lucy começou em 2021 e já sobrevoou de perto 11 asteroides entre o sol e o planeta Júpiter, ultrapassando a sua meta original de sete objetos. O Dinkinesh, carinhosamente apelidado de “Dinky” pelos cientistas, era um dos alvos em potencial.

A equipe da Nasa aguarda agora o envio de dados mais concretos sobre a observação do asteroide para estudar a sua composição com maiores detalhes, em um processo que pode levar até uma semana. Recentemente, a agência lançou um serviço gratuito de streaming para entusiastas de conteúdos sobre o espaço.

Fonte: Nasa

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