Japão dá adeus aos disquetes em modernização tardia da burocracia

Embora o Japão seja conhecido por sua tecnologia de ponta, a burocracia do país ainda se agarrava a relíquias do passado, como os disquetes. Agora, em um movimento um tanto tardio em prol da digitalização, o governo japonês finalmente decidiu abandonar o uso desses dispositivos de armazenamento ultrapassados para práticas burocráticas.

A partir do final de 2023, o Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) eliminou 34 decretos que obrigavam empresas a submeter documentos em disquetes e CD-ROMs. A medida abrange diversos setores, como energia, mineração, e até mesmo a produção de aeronaves e armas.

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A iniciativa foi impulsionada por Taro Kono, chefe da subdivisão do Gabinete da Agência Digital do Japão. Em 2022, ele identificou cerca de 1.900 decretos governamentais que ainda dependiam de meios físicos desatualizados, como os disquetes.

A mudança traz diversos benefícios. A digitalização dos processos administrativos aumenta a eficiência, segurança e acessibilidade dos dados. Arquivos digitais podem ser facilmente armazenados na nuvem, criptografados e compartilhados, algo impossível com disquetes e CD-ROMs, que são vulneráveis a perda e danos.

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Fim de uma era

A decisão marca o fim de uma era para o Japão, que já foi um dos maiores consumidores de disquetes do mundo. No auge da popularidade, na década de 1990, esses dispositivos eram usados para armazenar todo tipo de informação, desde documentos de negócios até músicas e jogos.

Desafios pela frente

Apesar do avanço, o Japão ainda tem um longo caminho a percorrer em sua modernização digital. A cultura organizacional tradicional, marcada por hierarquia e aversão ao risco, pode dificultar a adoção de novas tecnologias.

Fonte: engadget

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