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Cientistas universitários da UC Santa Barbara, no estado norte-americano da Califórnia, anunciaram o sucesso em um experimento de formação de imagens usando sinais de Wi-Fi em objetos estáticos e posicionados do outro lado de uma parede.
Liderados pela professora Yasamin Mostofi, os pesquisadores conseguiram fazer com que um equipamento emissor de sinais sem fio conseguisse identificar o formato de letras que foram posicionadas atrás de uma barreira de madeira, com uma precisão considerada bastante alta.
A técnica aplicada no experimento foi a Teoria Geométrica da Difração, do campo da Óptica, também conhecida como cones de Keller.
Esse princípio da Física foi formulado há décadas e fala sobre como ondas emitidas que encontram uma aresta formam uma região cônica que ajuda na orientação de um sensor e na formação da imagem.
Era tão difícil passar Wi-Fi assim?
A formação de imagens via Wi-Fi de objetos que não emitem qualquer sinal é considerada um grande desafio por vários motivos.
Para começar, o equipamento precisa diferenciar o posicionamento dos objetos, como diferenciar o que é uma parede e onde começa o contorno dos demais elementos. Além disso, objetos que se movimentam têm o rastreio facilitado por radiofrequência, enquanto os parados precisam de uma técnica mais apurada.
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Os cones de Keller foram então usados não só para objetos com bordas ou pontiagudos, mas também em superfícies com pequenas curvaturas.
“Dependendo da orientação dessas bordas, o cone então deixa diferentes ‘pegadas’ (secções cônicas) em um sistema de recepção. Nós então desenvolvemos um sistema matemático que usa essas pegadas cônicas como assinaturas para inferir a orientação das bordas, criando assim um mapa do contorno de uma cena”
Yasamin Mostofi
Nos experimentos divulgados pela equipe, o equipamento de recepção foi capaz de identificar letras do alfabeto com uma precisão considerada excelente pelos cientistas, graças ao uso se três emissores de Wi-Fi.
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O grupo ainda precisa aprimorar os equipamentos para que a técnica seja usada fora dos laboratórios, incluindo formas de melhorar a imagem de saída para facilitar a sua compreensão. Ainda assim, eles estão esperançosos de que o campo da captação de imagens via radiofrequência possa melhorar com o tempo.
Aplicações práticas não foram citadas diretamente, mas a técnica pode ser usada em equipamentos de segurança ou monitoramento durante missões de resgate em locais de difícil acesso, por exemplo.
Fonte: UCSB