Nomes consagrados da música mundial como Billie Eilish, Nicki Minaj, Stevie Wonder, J Balvin e muitos outros uniram forças para exigir proteção contra o uso de inteligência artificial (IA) na produção de conteúdos musicais de músicos. O manifesto, organizado pelo grupo Artist Rights Alliance, conta com assinaturas de artistas estabelecidos e representantes de grandes nomes que já faleceram, como Bob Marley e Frank Sinatra.
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A carta aberta exige que as empresas de tecnologia criem mecanismos que impeçam o desenvolvimento e uso indiscriminado da IA na música, o que poderia substituir e desvalorizar o trabalho de artistas humanos.
“Esse ataque à criatividade humana deve ser interrompido. Devemos nos proteger contra o uso predatório das IAs que roubam vozes e imagens de artistas profissionais, violam os direitos autorais e destroem o ecossistema musical“, afirma o documento.
Músicos exigem responsabilidade com o uso de IA
O manifesto não pede o banimento absoluto da IA na música, ressaltando que o uso responsável da tecnologia pode trazer benefícios para a indústria. Porém, os artistas estão preocupados com o uso sem limites, como o isolamento de vocais para a criação de músicas “inéditas”, a exemplo de uma suposta faixa nova dos Beatles, lançada no ano passado através da IA.
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A preocupação está ligada às questões éticas, trabalhistas e de direitos autorais que a inteligência artificial gera. Diante dessa ameaça, sindicatos e organizações de artistas em todo o mundo pressionam governos e empresas de tecnologia por uma regulamentação urgente do uso da IA em setores artísticos e de entretenimento.
Série de problemas envolvendo inteligência artificial
No início do ano, uma série de imagens pornográficas produzidas com a imagem de Taylor Swift por meio da IA chamaram a atenção para o uso malicioso de ferramentas de deepfake. O caso motivou legisladores a apresentarem projetos de lei que podem criminalizar a produção não consensual de imagens sexualizadas usando inteligência artificial.
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“Algumas das maiores e mais poderosas empresas estão, sem permissão, usando nosso trabalho para treinar modelos de IA. Esses esforços visam diretamente substituir o trabalho de artistas humanos por grandes quantidades de ‘sons’ e ‘imagens’ criados por IA que diluem substancialmente os royalties pagos aos artistas“, ressalta o manifesto.
Fonte: BBC
